domingo, 7 de junho de 2009

Alcançando Lula - O dia que Diogo Mainardi foi longe demais.




O humor e a inteligência de Diogo Mainardi são formidáveis, mas o que levou Mainardi ao estrelato foi à primazia em “tacar” pedras em Lula enquanto todo mundo ainda o tinha em alta conta ou no maximo não viam o homem como ameaça.

Ser o precursor da critica veementemente anti-Lula na imprensa lhe rendeu louros e fama, até os petistas ávidos por revidar os ataques contribuíram para seu sucesso. Acho mesmo que descobriu um filão que abriga seguidores como Reinaldo Azevedo, o criticador geral da republica. Tudo isto só foi possível por que nosso presidente realmente fez por onde merecer cada linha escrita pelo colunista de Veja. É impossível que se cobre retratação de Mainardi neste tema e só errou na previsão de que Lula não terminaria o mandato.

Pois bem, na edição 2116 (10 de junho de 2.009) nosso bravo escritor aventurou-se por mares mais agitados, tudo bem que Lula não foi o único presidente criticado por ele, mas até a ultima edição de veja era sem duvida seu alvo mais notório e todos os outros mereceram ainda mais as palavras afiadas de Mainardi.

Nesta edição o colunista atacou duramente o presidente Americano Barack Obama por conta de seu desempenho no oriente médio, chamando o homem mais poderoso do mundo de Asno, talvez pela primeira vez na imprensa tupiniquim. Diogo Mainardi achou o discurso de Obama absurdo e criticou o tom pacifista como está acostumado a fazer com as falácias de Lula.

Acho que o colunista esperava que Obama chegasse num parlatorio mulçumano e mandasse de bate pronto: “Seu filhos de umas putas! Nós vamos dizimar seu povo, estuprar suas mulheres, roubar seu ouro e dominar seus campos de petróleo!”

Diogo não levou em consideração que presidentes americanos não quebram o protocolo a três por quatro e o discurso feito por Obama foi preparado com meses de antecedência, sendo aprovado por diversos setores do governo antes de chegar em suas mãos, pode até ter dado seu toque pessoal ou permitido a seu Ghost Writer uma ou outra maquiagem, mas até o Salaam Aleikum deve ter sido muito bem ensaiado para soar agradável a seus ouvintes.

A investida americana no oriente médio pode até ser uma iniciativa pessoal do presidente, mas os esforços alocados na empreitada colocam o presidente como um ícone que represente toda a programação por trás de quem vê.

Com esta critica sem pé nem cabeça Mainardi pode cobrar para si a primazia de bater no presidente americano, mas desconfio que sua nova frente de batalha dará muitos tiros n´água. Tudo bem que Obama é o primeiro negro presidente dos Usa o que pode guardar alguma semelhança com o primeiro presidente operário do Brasil, já que os negros estão para a elite americana como os operários estão para a brasileira, mas Obama não é apedeuta e nem chegado a metáforas e compreende muito bem o papel de cada palavra num discurso preparado para abrir os corações e mentes do oriente médio para a “voz” da América, bem ao contrario de Lula e (veja só!) Diogo Mainardi ao que parece.



Postado originalmente no blog Pindorama Press

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